A violência doméstica acontece contra crianças,
adolescentes, mulheres e idosos, sendo que os agressores são os próprios
familiares das vítimas.
De janeiro a dezembro de 2012, a Central de Atendimento à
Mulher (Ligue 180) contabilizou 732.468 registros, sendo 88.685 relatos de
violência. Isso significa que, a cada hora, dez mulheres foram vítimas de maus
tratos ao longo do ano passado.
As violências domésticas se dividem por espancamentos, tendo
maior número de vítimas as crianças de até cinco anos; abusos sexuais,
acontecendo em maior quantidade entre meninas de sete a dez anos de idade; e
por danos morais, em adolescentes e mulheres. É que os idosos tem tido grande
participação na violência doméstica, mas aqueles que necessitam de cuidados
especiais, sofrendo as agressões por pessoas contatadas pela família.
Três tipos básicos de agressão:
A agressão física inclui comportamentos como puxar,
empurrar, segurar, bater ou chutar.
A violência sexual ocorre toda vez que um parceiro impõe um
ato sexual indesejado ou recusado pelo outro parceiro.
A violência psicológica inclui afastamento de familiares e
amigos, dependência financeira forçada, abuso verbal e emocional, ameaças,
intimidação e controle sobre lugares aonde o parceiro pode ir e o que pode
fazer.
O perfil do agressor:
É caracterizado por
autoritarismo, falta de paciência, irritabilidade, grosserias e xingamentos
constantes, ou acompanhados de alcoolismo e uso de outras drogas.
Qual a diferença entre abuso e exploração sexual?
Ambos são violência sexual. A diferença está no fato de que
na exploração sexual, há uma utilização sexual de crianças e adolescentes com
fins comerciais e lucrativos. Quase sempre existe a participação de um
aliciador (a), pessoa que lucra intermediando a relação entre a
criança/adolescente e o usuário ou cliente. É caracterizada também pela
produção de materiais pornográficos (vídeos, fotografias, filmes, sites da
internet). Daí dizermos criança e/ou adolescente explorada, nunca prostituída,
porque ela é vítima de um sistema de exploração comercial da sua sexualidade.
Porque as mulheres tem medo ?
A vítima continua num relacionamento abusivo porque teme que
seu agressor se torne mais violento se ela o deixar, como ele pode tê-la
ameaçado. Muitas temem pela própria vida. Podem achar que ele tentará tirar
dela os filhos. Podem ter medo de não conseguir, sozinhas, sustentar-se a si e
aos filhos. Muitas vezes se sentem constrangidas e envergonhadas de admitir que
sofrem violência. Podem permanecer porque necessitam de amor e afeição, e
porque temem que ninguém mais as queira.
Atendimento à Mulher - Ligue 180
Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração contra
Crianças e Adolescentes – Disque 100
Por Siara Nascimento.
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